Texto: Darlan Marchi
Na segunda-feira, 06 de abril de 2015, foi dado prosseguimento ao trabalho com as professoras, das escolas de Porto Xavier, que participam do Programas Escolas Interculturais de Fronteira -PEIF – tendo por local o I.E.E. São Francisco Xavier. Na oportunidade foram trabalhados os conceitos de memória e identidade.
Através
de alguns jogos teatrais foram abordados alguns pontos sobre como memorizamos
as coisas e como percebemos o mundo a partir do nosso corpo, buscando refletir
sobre a necessidade de olharmos o mundo de maneira extracotidiana.
As
professoras foram incentivadas a trazer fotografias do Rio Uruguai para o
encontro, e a partir delas narrarem histórias e falarem das sensações que as
imagens causavam. Muitas palavras e lembranças despontaram a partir das
imagens: cascatas, peixes, pôr-do-sol, aves, enchente, paisagem que se altera,
hidrelétricas, ilhas etc. Lembranças do passado se associaram em debate sobre o
presente e o futuro da cidade e do rio.
Em seguida, através do texto “Funes o memorioso” do contista argentino
Jorge Luis Borges, discutiu-se a oposição/complemento da memória versus esquecimento, e a relação entre
memória e identidade.
A
partir de trecho do livro “Memória e identidade” (2012) do professor Joel
Candau, outro texto trabalhado neste encontro, vimos que não há memória sem
identidade, é em função de representações do passado que os membros de uma comunidade
fazem suas escolhas memoriais. Essas representações tornam-se narrativas que
reforçam as narrativas de si, ou do coletivo. No entanto, essas narrativas
precisam ser consideradas como “verdadeiras” ou “autênticas”. O imaginário da
autenticidade passa por uma tradição que de acordo com o senso comum é o
conteúdo de uma “essência”.
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