terça-feira, 29 de julho de 2014

A Crise Climática e Ambiental Planetária e Seus Impactos Regionais

Na manhã do dia 21 de julho, aconteceu a oficina do professor da UFFS- campus de Cerro Largo, Gilberto Corazza, com o tema: A Crise Climática e Ambiental Planetária e Seus Impactos Regionais, na Escola Estadual Antônio Fioravante -CIEP. A seguir, disponibilizamos uma resenha, produzida pelo professor Corazza, acerca das questões enfocadas no encontro.


1 - Tema geral: A Crise Climática e Ambiental Planetária e Seus Impactos Regionais.
2- Alguns conceitos básicos:
3.1- CRISE SISTÊMICA E DE  CIVILIZAÇÃO: 
O mundo vive em escala planetária mais uma crise cíclica do sistema capitalista, que teve início em 2008, mas que esta  produzindo grandes impactos sociais e econômicos, principalmente, com regressão das atividades econômicas, com desempregos e cortes de salários, e com cortes dos orçamentos públicos das áreas sociais, como saúde, educação etc. Claro, estes recursos são destinados para salvar as grandes corporações, especialmente, o sistema financeiro.
A crise civilizatória esta relacionada ao  modo de vida dominante marcado pelos princípios do produtivismo e do consumismo sem limites, onde predominam os valores éticos e morais do individualismo, do egoísmo,  da competição e da indiferença com a Natureza e com os outras pessoas em geral, o que tem levado a um mal estar geral e falta de sentidos para vida humana, que se  manifesta na banalização da violência e da dignidade e dos Direitos Humanos. Assim, coloca-se com muita intensidade a perspectiva de um novo rumo geral para a história geral e regional.
3.2- CRISE CLIMÁTICA E AMBIENTAL:
Possivelmente, muito mais grave e profunda de toda a História da Humanidade no Planeta, pois se relaciona com o processo do aquecimento global e produção cada vez mais intensa dos denominados “fenômenos extremos” em muitas regiões do mundo, como são as enchentes e estiagens e secas, o calor cada vez maior e os frios muito intensos, os vendavais e tornados, os furacões e falta de água potável para milhões de pessoas.
Nota: o 5º relatório do painel intergovernamental sobre mudanças climáticas lançado em março-2014, adverte: o impacto do aquecimento global será “grave, abrangente e irreversível”. Impacto nas colheitas, aumento de desastres devidos aos fenômenos climáticos extremos, como enchentes e as secas que afetam a disponibilidade de água para milhões de pessoas. Essas previsões não acontecerão num futuro remoto. Elas já estão presentes.
As unidades de conservação – UCS. Nos últimos anos perdemos 5,2 milhões de hectares das UCS e apenas duas novas foram criadas. Os índios, guardiões de nossas florestas biodiversas, têm sido alvo de ataques sistemáticos de setores produtivos, como mineração e agropecuária, de olho em mais terras para expansão de suas atividades. E não é só isso, mais de mil espécies da fauna brasileira correm risco de extinção.
Embora haja um consenso mundial de que a degradação ambiental é um sério impedimento para qualquer projeto de desenvolvimento econômico ou social, para alguns políticos, empresários e ruralistas, a preocupação ambiental é uma conspiração para impedir o país de crescer. Afinal, “todo mundo sabe que para crescer é preciso destruir a natureza”.(A Reportagem é de Márcia Pimenta, publicada por Envolverde05-06-2014).
3.3 - A DEFESA DOS “BENS COMUNS E DO BEM VIVER”:
Os desafios político-pedagógicos  na acepção de Paulo Freire, são fundamentalmente, as opções pdedagógicas e educacionais que precisamos trabalhar a luz da leitura da realidade local, regional e  planetária, pois as opções que podem contribuir na perspectiva de superação das crises acima citadas e da constituição de um novo modo de vida, de construção de sujeitos protagonistas de um projeto societário marcado pela justiça social e ambiental, a luz de novos paradigmas como a defesa dos “bens comuns e do bem viver”.
Os “bens comuns” relacionam-se com o conjunto dos bens materiais e imaterias(culturais) que podem ser considerados como o patrimônio da humanidade, ou seja, que são de máximo interesse da coletividade e vitais para a possibilidade de uma futuro com dignidade. Como exemplo, poderíamos citar a biodiversidade, as florestas, o ár e as águas, as sementes, etc.  O “bem comum” é proveniente dos povos indígenas, em especial dos povos andinos, que propõem um modo de vida marcado pela simplicidade e bom senso, pela harmonia com a “mãe natureza” e com as pessoas em geral, pela cultura  de paz e diálgo e solidariedade com todas as espécie de vida sofrem e são ameaçadas de extinção.
Nota: a grande referência que estamos propondo como diretriz geral para a questão da crise climática e ambiental é a “Conferência dos Povos sobre Mudança Climática e os Direitos da Mãe Terra”, que reuniu na Bolívia, em abril de 2010, em torno de 35 mil pessoas e lutadores e propõe a criação do “Movimento Mundial Dos Povos Pela  Mãe Terra”, e, propondo que a “Mãe Terra” e não o antropocentrismo, seja o eixo organizador das relações com a natureza. O evento propõe um referendo mundial sobre mudanças climáticas e critica o sistema capitalista por tranformar a natureza em  mera mercadoria.  As conclusões completas estão presentes no documento denominado “Acordo dos Povos”(o Acordo dos Povos completo está disponível em: http://cmpcc.Org/).
4- OS CONFLITOS AMBIENTAIS REGIONAIS
4.1 - GRANDES REPRESAS DE GARABÍ E PANAMBI
Como já salientamos, a região Missões e Fronteira Noroeste do RS, enfrentarão no próximo período o  maior conflito ambiental e energético de sua história, pois exatamente nesta região de fronteira, incluindo o município de Porto Xavier e mais 19 municípios desta duas regiões, envolvendo uma área em torno de 100 mil hectares no lado brasilileiro e mais,  em torno de 40 hectares no lado argentino, nas Provincias de Misiones e  de Corrientes, compreendendo mais de 10 mil pessoas atingidas diretamente. Trata-se dos projetos de duas grandes repressas sobre o rio Uruguai: Garabi e Panambi, que em sendo executadas causarão enormes impactos ambientais e sociais, e poderão destruir todo um patrimônio imaterial da região, ous seja, são histórias de vidas e de comunidades e instituições que poderão ser extintas em definitivo e, que não podem ser pagas com nenhum valor monetário.
Esta havendo enorme apreensão e angústia na região, pois em nome de uma concepção desenvolvimentista e com discuros em base a “mitos do desenvolvimento” apresentam-se os projetos como sinônimo de “redenção econômica” da região. Na verdade, são promessas e ilusões, pois trata-se de uma região basicamente constituída pela agricultura familiar, populações ribeirinhas de pescadores profissionais artesanais e, que desenvolvem suas atividades econômicas e, mediante a implantação das duas usinas hidroeléticas, teremos o fato dos “lucros cessantes”, que com certeza possuem muito maior relevância econômica do que qualquer retorno futuro a partir do processo de geração de energia.
Muitas entidades e organizações da sociedade civil estão realizando um forte trabalho de mobilização, de  resistência e de organização a partir dos atingidos em vista de  que os governos do Brasil e da Argentina procedam uma reavaliação e tomada de posição, no sentido de respeitar os direitos da população de área em questão. Entre as entidades e organizações que vêm desenvolvendo um intenso trabalho de esclarecimento e mobilizaçaõ está a Diocese de Santo Ângelo, o Movimento dos Atingidos pelas Barragens - MAB e a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, a IECLB .
4.2 – AS ENCHENTES DE FINAL DE JUNHO E INÍCIO DE JULHO DE 2014
Considerada a maior enchente dos últimos 30 anos, que causou enormes impactos em  um conjunto de municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, no Brasil e também na região de fronteira do lado argentino. Como afirma a nota “Pauta dos atingidos pelas enchentes e fortes chuvas no sul do Brasil, a maior e mais violenta enchente dos últimos 30 anos”. Dados da defesa civil contabilizam mais de 100 municípios, ao menos 3 mil famílias desalojadas e uma quantia ainda maior de famílias camponesas, ribeirinhas e pescadores que foram atingidas pelas elevadas precipitações e enchentes nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O documento segue fazendo alertas e sublinhando causas mais profundas, que são ocultadas nestes casos de eventos extremos, como a enchente em questão:
“É comum, nestes momentos, usar o desastre em favor do aproveitamento político e da constituição de uma “indústria dos desastres ambientais” que toma corpo em nível nacional com a elevação deste tipo de evento nas mais diversas regiões do país. Esta “indústria” age na comunicação escondendo, descontextualizando e naturalizando as causas dos desastres: a mãe natureza é ré em todos eles. Ademais agem no sentido de impedir os atingidos de participarem na eleição das pautas e soluções para suas necessidades.
A compreensão dos desastres ambientais passa, ao nosso ver, para além das causas naturais mais visíveis, no referido caso, as elevadas precipitações das últimas semanas. Temos que compreender os desastres ambientais num contexto mais amplo, no qual destacamos os seguintes aspectos”.
Porém entre as razões efetivas, deve ser considerado a seguinte:
“As mudanças climáticas ocasionadas pelo aquecimento global - “efeito estufa” – que, por sua vez, possui por causa a destruição ambiental (desmatamento, queimadas), a expansão do modelo do agronegócio que faz agricultura destruindo o meio ambiente através de venenos, adubos químicos petrodepedentes e o modelo energético em geral. Os Estudos apontam que as mudanças climáticas atuarão no sul do Brasil causando maiores extremos climáticos: aumento das precipitações e das estiagens e secas”. 

Outra razão elencada é exatamente relacionada às grandes represas:
” É relevante destacar que as grandes enchentes ocorridas em nível nacional nos últimos meses ocorreram em áreas de grandes barragens. Se não podemos afirmar que as barragens são causas dos desastres podemos afirmar que um dos argumentos justificadores para construção das barragens – regular o fluxo de água dos rios evitando possíveis enchentes – foi por água  abaixo”.  

Texto: Gilberto Corazza








domingo, 27 de julho de 2014

O Teatro Como Experiência Estética.

Encontro de julho/2014

Novo encontro com professores pelo Programa Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF) em Porto Xavier – RS e realização da Oficina "Teatro Como Experiência Estética". O programa é desenvolvido em cidades de fronteira do Mercosul pelo Ministério de Educação do Brasil e países envolvidos: Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
A Oficina foi coordenada pela atriz Maristela Marasca, com a proposta de observar, enriquecer e incentivar a reflexão sobre as experiências estéticas presentes na vida humana. Foram desenvolvidas atividades como: jogos e exercícios teatrais, confecção e uso de máscaras e noções sobre Estética. O encontro foi realizado na Escola E. Antônio Fioravante - CIEP.

Segundo Adolfo Sánchez Vázquez, a Estética “ é a ciência de um modo específico de apropriação da realidade, vinculado a outros modos de  apropriação humana do mundo e com as condições históricas, sociais e culturais em que ocorre.”

O autor considera que a relação estética do homem com o mundo caracteriza-se sobretudo pela relação sensível (sensorial) que estabelecemos com as coisas. Daí a origem do termo estética, do grego “aisthesis”.
Como podemos enriquecer nossas experiências estéticas? Essa é uma questão que podemos fazer enquanto seres humanos e educadores. Uma das áreas que pode contribuir para aprofundar nossas relações estéticas é o teatro.





A seguir, algumas fotos da oficina com a professora Maristela Marasca:


















quarta-feira, 23 de julho de 2014

Projetos de Aprendizagem

     Na manhã do dia 14 de julho de 2014, as professoras participantes do Programa Escolas Interculturais de Fronteira, em Porto Xavier/RS, participaram de mais uma oficina coordenada pela docente da UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul), Neusete Machado Rigo. A temática trabalhada foi : Projetos de Aprendizagem,  que é a espinha dorsal do Programa. A seguir, uma breve resenha do que foi enfocado e refletido , através da mediação da professora Neusete, com as integrantes da oficina.

A organização do currículo escolar por meio de projetos de aprendizagem significa a intenção de construir um currículo novo, capaz de superar a determinação de um currículo pensado em disciplinas e listas de conteúdos pré estabelecidos. Os projetos de aprendizagem colocam o currículo em movimento e o mantém vivo, porque tanto os/as alunos/as quanto os/as professores/as, o assumem protagonizando a construção de conhecimento. Desde o início do seu planejamento temos os/as professores/as e os/as alunos/as participando ativamente na definição da temática de estudo, a qual deverá estar diretamente relacionada com a prática social, com a realidade que atinge esses sujeitos e/ou o conjunto da sociedade. Desta forma, os projetos estão vinculados com os sujeitos e partem das compreensões cotidianas para serem aprofundados através de estudos e pesquisas que possam aprimorar esses conhecimentos.Nossa proposta de trabalho é iniciar com a definição de uma temática para o projeto a partir de uma problematização inicial encaminhada pelo/a professor/a, a qual pode ser um recorte de jornal, de revista, um vídeo, uma música, um filme, uma atividade anteriormente vivenciada pelos alunos... enfim, este momento exige criatividade do/a professor/a!Após a definição da temática/problema, o segundo passo é levar os/as alunos/as a pensarem: O que sabemos sobre isso? O que queremos saber? e como faremos para saber?Estas questões orientam minimamente e de forma acessível ao alunos permitem que eles pensem sobre o que irão fazer. Então temos um projeto de autoria dos alunos.Nesse planejamento a intervenção do/a professor/a é imprescindível para ajudá-los a encontrar caminhos que os levarão em busca das informações e do conhecimento!
Segundo CANDAU ( 2011), vivemos um  mal estar presente nas escolas que representa um crise acerca das suas finalidades e formas de organização. No entanto, não podemos nos contentar com mudanças superficiais relacionadas à metodos e técnicas de ensino, mas a uma reinvenção da escola que perpasse por seus tempos e espaços e, principalmente pelo modo como se relaciona com a realidade (prática social) e o conhecimento.
Nosso papel, como educadores/as, é reinventar a escola, considerando que toda ação humana se traduz em produção de cultura. Assim, a ação pedagógica, o trabalho educativo que ocorre na escola, produz uma cultura e nela, produz sujeitos culturais. Obviamente, também temos que considerar que esses sujeitos culturais não se produzem isoladamente no espaço escolar. Eles são produto da inserção em culturas diversas que compõe o cenário social. Nesse sentido,  a escola é um espaço multicultural também produtor de cultura, pelo seu currículo.
Os projetos de aprendizagem, ressignificados pela discussão que Hernández e Ventura (2009) nos apresenta, são uma possibilidade para que o currículo escolar possa contemplar a diversidade cultural, pois abrem o currículo para a participação e o protagonismo dos educandos  e dos educadores permitindpo que diferentes perspectivas culturais se façam presente  no contexto do ensino. Os projeto de aprendizagem podem ressignificar o currículo ao desafiar o educador a uma nova postura profissional, pois ele é provocado a pensar sobre seu grupo de alunos, sobre a realidade, sobre os conhecimentos e planejar e executar uma proposta educativa junto com seus pares.
Ainda, diante da fragmentação do conhecimento que está presente na tual organização escolar e que produz uma visão fragmentada de mundo,  Barbosa (2011), defende que a pedagogia de projetos possa ser uma possibilidade interessante em termos de  organização pedagógica para intervir na visão multifacetada do mundo trazendo para seu espaço o encontro de diferentes culturas.

Referências:
CANDAU, Vera M. (org). Didática crítica intercultural: aproximações.Petrópolis: Vozes, 2012. 
HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Trabalhando com projetos. In: XAVIER, Maria L. M.; DALLA ZEN, Maria I. H. Planejamento em destaque: análises nada convencionais. 4ed. Porto Alegre: Mediação, 2011.


QUEREMOS UMA EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA! 
MAS DE QUE TRANSFORMAÇÃO ESTAMOS FALANDO?
FALAMOS DE UMA EDUCAÇÃO QUE MODIFIQUE MODOS
 DE PENSAR O MUNDO E ENTENDER A VIDA!

 A EDUCAÇÃO CONTÉM A POSSIBILIDADE DE
 EMANCIPAÇÃO DO SUJEITO!


         
 
PONTO DE PARTIDA DOS PROJETOS DE APRENDIZAGEM:
         A REALIDADE
        Perceber o mundo!
      Perceber o que acontece no mundo para compreender como isso nos afeta!




  


Os PROJETOS partem do princípio de que a APRENDIZAGEM 
não é fruto da acumulação de novos conhecimentos, 
mas de reestruturação desses esquemas, 
a partir do restabelecimento de relações
entre os conhecimentos existentes e novos!  
Texto: Neusete Machado e Bedati Finokiet
Fotos: Bedati Finokiet, Nícolas Deobald e Bruna Engel.


Registros do Encontro do dia 14 de julho de 2014 ( turno da manhã) 
Instituto Estadual São Francisco Xavier -Porto Xavier/RS/BR.








segunda-feira, 21 de julho de 2014

OLHARES DIGITAIS

Na segunda-feira, dia 14 de julho, o grupo de formação do PEIF teve mais um encontro de Cultura Digital e Intercâmbio Cultural com a Formadora Marjorie Bier. A turma aproveitou a oportunidade para visualizar e debater sobre a cidade e seus arredores através de fotografias digitais que foram feitas em um dos encontros do Programa. 

Nessa oportunidade, o grupo também pode trazer para a oficina, registros feitos durante a cheia do Rio Uruguai que, algumas semanas antes, trouxe danos imensos às famílias de Porto Xavier e San Javier. Algumas professoras socializaram fotos da devastação da natureza após a cheia. 

A FOTOGRAFIA COMO FORMA DE VER A SI E O MUNDO 

Tomemos como ponto de partida que cada cultura e sua expressão em identidades sociais engendram maneiras específicas de viver neste planeta. Nossa riqueza como espécie repousa nesta diversidade que contempla não só uma grande variedade de condições ambientais, mas infinitas possibilidades de ser em si e de se organizar socialmente, possibilitando os incontáveis caminhos válidos para a realização plena do ser humano.

O mundo está em permanente mutação e é demasiado complexo para que a nossa mente o possa apreender. E, por isso, a nossa mente limita-se a reconhecer certos padrões invariantes nos estímulos perceptivos, agrupando-os e classificando-os. É uma simplificação necessária porque permite uma avaliação rápida de situações complexas. Mas, quando uma inteligência assume continuamente a categorização, acaba eventualmente por acreditar que a descrição simplificada do mundo que é gerada no cérebro - ou seja, o mundo 'que vê' - corresponde de fato ao mundo real, em todos os seus detalhes, embora o que vejamos seja apenas um modelo simplificado da realidade.

O debate sobre o que vemos e o que de fato percebemos é uma constante nos encontros de Cultura Digital do PEIF, especialmente pela diversa riqueza cultural que alimenta essas 'irmãs'.  Perceber o que de fato existe é muito mais válido, nesse nosso processo de formação, do que simplesmente ver. Ao dar essa nova dimensão ao olhar, abrimos espaço, também, para uma nova maneira de trabalhar com as questões antropológicas, sociais e culturais entre as fronteiras. Embora sejam cidades distintas, existe mais do que um rio que as une. E é exatamente esse ponto de interseção que traremos para o debate nos próximos encontros de formação.

Veja algumas imagens.

Texto: Marjorie Bier
Fotos: Grupo de Formação do PEIF






Alguns registros da oficina:







Projetos de Aprendizagem e Mapa Conceitual Escola João Manoel Correa e Escola Antonio Fioravante

No último dia 23 de novembro de 2015, as formadoras do PEIF Aline Madrid e Graciele Fabrício, acompanhadas da supervisora do programa em Por...