Nos dias 06 e 07 de maio de 2015,
Porto Xavier foi sede da I Carijada Internacional do Programa Escolas Interculturais
de Fronteira promovida pela UFFS/PEIF e apoiada pela Prefeitura Municipal de
Porto Xavier e suas Secretarias, Escolas do Programa PEIF, 32ª CRE de São Luiz
Gonzaga, CTG Corredor Missioneiro e demais entidades e autoridades.
O evento em Porto Xavier contou
com a participação das Escolas: Carlos Bratz, João Manoel Correa e o Instituto
São Francisco Xavier que organizaram exposições, colheita da erva-mate, auxílio
nos processos de secagem e pilagem da erva-mate e realizaram apresentações artísticas.
Professores da Escuela 109 Juan
Tironi de San Javier e autoridades da Argentina, compareceram para a integração
e intercâmbio cultural.
Um pouco da história do Carijo:
”O nome Carijo refere-se ao
CARIJO ERVATEIRO, que é um jirau de varas toscas, horizontal ou em forma de
cumeeira rasa, a um metro e meio ou pouco mais do solo, onde se colocam os
feixes de erva-mate já sapecada, para a secagem ao calor direto do braseiro que
arde embaixo de toda a extensão do Carijo. A distribuição do calor obriga os
rondeiros do carijo a passarem as noites em vigilância, emparelhando o braseiro
com o auxílio de guampas d’água, atiradas de quando em quando sobre as
labaredas mais altas, cujas faíscas podem ocasionar incêndios.
Por isso, geralmente
constrói-se os carijos em clareiras, nos recessos dos matos, próximos a um
córrego ou vertente e se rondam à noite, quando não venta. À lenha ordinária
costuma-se misturar plantas aromáticas, como guabiroba, cabreúva, pitangueira,
na intenção de transmitir seu gosto e odor à erva-mate.
O benefício da erva-mate
compõe-se de corte, sapeco, secagem, cancheio, soque e acondicionamento. Todas
essas operações podem ser individuais, menos a secagem no carijo, que é
operação coletiva, espécie de ritual festivo, verdadeiro salão social dos
ervateiros, a cargo de tarefeiros e visitantes, inclusive moças.
O processo da secagem no
carijo pode durar até três noites, o que favorece a reunião onde são contados
causos, anedotas e até mesmo propiciando romances”. (Fonte: pm-carijo.blogspot.com/2012/01/origem-do-nome-do-festival.html)