No último dia dezesseis de março foi realizado o
Seminário: Diálogos Interculturais em Espaços/Tempos de Fronteira – PEIF, no
auditório do seminário da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Cerro
Largo. O evento contou com a presença das equipes diretivas e professores das
escolas de Porto Xavier, vinculadas ao Programa, bem como, com a participação
da nova equipe de formadores, Aline Madrid, Darlan de Mamann Marchi, Maria Denise Bortolini e Graciele Fabricio, além da coordenadora do
Programa na UFFS – Campus de Cerro Largo, professora Bedati Finokiet , os tutores Nícolas Deobald e Bruna
Engel e Eloá Fraga (supervisora do PEIF).
Os formadores realizaram uma explanação sobre os
temas a serem trabalhados por cada um, durante o ano, destacando seus objetivos
e metodologia de trabalho. A seguir, um breve relato do encontro nas palavras
do formador, Darlan De M. Marchi:
No dia 16 de março no campus da UFFS de Cerro
Largo, participamos do Seminário do PEIF
– Programa Escolas Interculturais de Fronteira- 2015, com professores da rede
pública de ensino de Porto Xavier. Na oportunidade foi promovida, com as
participantes, uma oficina de introdução ao trabalho que será realizado ao
longo do ano. A proposta apresentada intitulada “Patrimônio Cultural e Memórias
da Fronteira: dispositivos para situações de ensino-aprendizagem. O Inventário
afetivo-pedagógico”, ministrada pelo professor e Doutorando, Darlan Marchi,
visará a construção de um inventário dar referências culturais da região
fronteiriça de Porto Xavier/San Javier e o posterior debate e construção de
propostas para o uso das mesmas no processo de ensino-aprendizagem nas
diferentes disciplinas.
No encontro desse dia, além da apresentação dos
objetivos e cronograma do trabalho, o professor propôs uma dinâmica que
trabalhou com os sentidos e a memória. Os cheiros, o tato, a visão, como
constituidores do processo de contato do homem com o mundo e como constituidor
dos lugares físicos e mnemônicos que dão sentido a nossa existência. Também foi
discutido brevemente o papel dos objetos como portadores de memórias e como
sócio-transmissores das experiências e significados de um passado, conforme a
teoria do antropólogo Joel Candau. Esse trabalho inicial foi um aperitivo para
as atividades que seguirão ao longo de todo o programa, visando sempre a
construção conjunta do projeto em diálogo com as professoras em formação e com
os professores formadores.
O trabalho apenas começou, daqui para frente
teremos muitas atividades teóricas e de campo, na construção desse projeto que
visa a valorização do lugar da fronteira com seus elementos culturais
particulares, contribuindo para a integração entre as escolas e as cidades
gêmeas: Porto Xavier e San Javier.
Oficina de “Tecnologias Educacionais: possibilidades pedagógicas
para o desenvolvimento de projetos de aprendizagem”, por Aline Madrid,
formadora do PEIF:
A Oficina de Tecnologias Educacionais para o programa Escolas
Interculturais de Fronteira foi apresentada pela professora Aline Madrid,
Especialista em Mídias e Novas Tecnologias Educacionais e Mestra em
Desenvolvimento e que desenvolverá atividades usando a tecnologia, para promover
e auxiliar na construção dos projetos de aprendizagem com os alunos das escolas
participantes.
Foi apresentado nesse primeiro encontro, o objetivo geral da
oficina que é o de desenvolver com o
grupo de professores participante do Programa Escolas Interculturais de
Fronteira, atuante em escolas de Porto Xavier, oficinas de tecnologia
educacional, visando apresentar softwares que auxiliem no incremento aos
projetos de aprendizagem e também oferecer subsídios para estreitar as
fronteiras - reais e virtuais - entre Brasil e Argentina através da internet.
A professora iniciou fazendo um relato de alguns projetos
desenvolvidos com o uso de tecnologias em escolas, destacando os pontos
positivos e negativos para análise do que é possível realizar com os recursos disponíveis
nos espaços escolares. Em seguida apresentou uma retrospectiva sobre os
conceitos e significados de Tecnologia e a diferença de Tecnologia Digital.
Foi aberto um diálogo a respeito da importância de trabalhar
tecnologia na escola e as dificuldades e desafios enfrentados pelos professores
com as características apresentadas pelas novas gerações, que usufruem da
tecnologia digital desde o útero materno.
A professora deixou para o grupo algumas questões para serem
pensadas ao longo dos encontros nesse ano de 2015:
Como podemos contribuir com essa geração?
Como a escola pode ser mais atrativa?
Como tornar as aulas motivadoras, instigantes e que promovam uma
aprendizagem significativa?
Finalizando o encontro, foram apresentados alguns recursos tecnológicos
que serão desenvolvidos na oficina, visando a utilização com as crianças e
jovens, nos projetos de aprendizagem. São eles: Power Point, word, impress, writer, tuxpaint, gcompris, gimp, objetos
educacionais, weebly, blog, facebook,
câmera digital, celular, moviemaker,
openshot, mapas virtuais (Google earth),
GPS, mapas conceituais e mapas mentais.
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