terça-feira, 22 de abril de 2014

UFFS – Campus Cerro Largo discute programa Escolas Interculturais de Fronteiras

No dia 28 de janeiro, professores da UFFS – Campus Cerro Largo reuniram-se para dialogar a respeito do Programa Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF), coordenado pela professora Bedati Finokiet. O projeto tem o objetivo de criar espaços de reflexão e debate sobre a realidade e o contexto das cidades de fronteiras, instigando a pesquisa e o aprofundamento das discussões acerca da diversidade étnica, do pluralismo cultural, da história, dos costumes, da tradição, da memória, da identidade e do pertencimento.
Segundo Bedati, a UFFS pretende dialogar e dar apoio pedagógico às escolas cadastradas no programa Mais Educação do Ministério da Educação, no município de Porto Xavier, bem como às escolas do município de San Javier, na Argentina. “O MEC brasileiro está dialogando com o Ministério da Educação argentino para estabelecer os critérios de escolha das escolas que participarão do projeto em San Javier”, explica a coordenadora.
Ela acrescenta que a ideia é adequar o planejamento pedagógico dessas escolas possibilitando o intercâmbio entre as cidades da fronteira. “Uma vez por semana, um professor do lado argentino cruza a fronteira e realiza uma atividade na escola brasileira e vice-versa”, afirma. Dessa forma, estimula atividades relacionadas com a pesquisa sobre histórias de vida, registros de saberes e fazeres relacionados com o patrimônio imaterial de ambas as cidades, além de promover atividades de educação patrimonial baseadas no patrimônio cultural comum da fronteira.
A atriz Maristela Marasca, que também faz parte do grupo de profissionais envolvidos na organização do programa, está bastante confiante: “Esse projeto já tem um tempo de atuação e é muito interessante porque envolve culturas diferentes e, sobretudo, a discussão dessas diferenças culturais e como isso será trabalhado nas escolas.” Marasca vai desenvolver oficinas de teatro, como jogos e exercícios teatrais.
O PEIF
Atualmente, o Programa é desenvolvido em cidades brasileiras da faixa de fronteira e em suas respectivas cidades gêmeas de países que fazem fronteira com o Brasil, envolvendo treze escolas brasileiras e treze escolas nos demais países envolvidos: Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. “Seu objetivo superior é o de promover a integração regional por meio da educação intercultural, considerando contextos multilíngues ou bilíngues existentes nas fronteiras e, tendo como consequência a ampliação das oportunidades do aprendizado das línguas em uso e trocas culturais”, conclui Bedati.

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